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Entrevista com a escritora Magaly Delgado

Entrevista ping pong com Magaly Delgado, escritora do livro "Despertar: A reintegração do filhos da luz" que conta um pouco da sua experiência durante a escrita e vivências descritas no livro. 
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UM POUCO SOBRE AUTORA DO LIVRO: DESPERTAR: A REITEGRAÇÃO DOS FILHOS DA LUZ
Desafios e experiências transbordam de dentro desse livro escrito para despertar a consciência humana além daquilo que aprendemos e acreditamos.

Magaly Delgado é escritora do livro “Despertar: A reintegração dos filhos da luz” é terapeuta holística, sensitiva, numeróloga. Formada em Psicanálise Integrativa e graduada como Sacerdotisa do Colégio de Magia Divina onde teve como Mestre e orientador, o escritor umbandista Rubens Saraceni.
Teve diversas experiências, sendo uma das mais marcantes com seres de outras esferas, que originou o trabalho do seu primeiro livro. A escritora relata para nós seus contatos e experiências para que possamos despertar e reavaliar nossa percepção da vida e de nós mesmos. Seu trabalho é um livro de autoajuda e de busca espiritual que nos faz pensar e refletir sobre novos conceitos fora daquilo que nos foi ensinado.

Qual foi sua maior inspiração para iniciar o desenvolvimento do seu livro?
Ocorreu em duas partes. A primeira parte, eu comecei a escrever o livro com coisas que me vinham à cabeça, inspiração, coisas que tinha lido e deixava dúvidas, que pode se perceber nos primeiros capítulos. A segunda parte foi quando decidi que eu realmente tinha que fazer alguma coisa. Eu não podia, por exemplo, morrer e não colocar tudo aquilo no papel. Aí as ideias começaram a vir e eu comecei a transcrever. Demoraram uns quatro anos para finalizar o primeiro livro. Então a inspiração é da crença, da fé que eu tenho, das coisas que eu busquei e vivi na espiritualidade.

Qual o maior desafio ou maior medo durante a escrita?
Foi colocar no papel experiências minhas que talvez as outras pessoas não entendessem. Porque é uma coisa extremamente pessoal. Por exemplo, vivências espirituais e contatos que eu tive. Seguindo minha linha de raciocínio eu me questionava: “Vão achar que sou louca, que fumei um cigarrinho do capeta” e de repente era isso. Depois que você vai escrevendo, que vai tomando forma os teus pensamentos, deixa de ser medo e se torna um desafio. Eu tenho que colocar no papel aquilo que eu senti. Como? Fazer com que as pessoas acreditem na minha verdade. Então acho que esse é o maior desafio. E no começo o maior medo. Tive um contato extraterrestre, quem que vai acreditar a não ser eu? Eu tive o contato, eu vivenciei aquilo. Então fica muito claro que o outro vai precisar crer e embarcar nessa viagem. Não é um livro de fantasia, é um livro de autoajuda e direcionamento espiritual..

Qual foi a parte mais marcante do seu livro?
Foi querer que o outro entendesse que ele não precisava buscar Deus nas igrejas, em dogmas e crenças. Que Deus está dentro de você e ambos são um. Eu quis e quero ainda que as pessoas entendam: se Deus é o criador, você é cocriador. Quando Deus te coloca no mundo, Ele quer que você crie o seu destino, Ele te dá todas as ferramentas para isso. As dificuldades e as falsas crenças é que nos levam a acreditar na nossa impotência e no nosso fracasso. Tudo isso são coisas da mente, que a gente cria. O mais marcante foi querer ensinar que a pessoa pode estar acessando esse Deus e que esse Deus está acessível a ela, porque a divindade está dentro de si mesmo, está na sua essência. As pessoas se perguntam se aqueles que cometem atrocidades contra o filho ou contra os pais tem Deus dentro de si. Minha resposta sim, elas tem Deus, só que elas perderam essa conexão ou deixaram de acreditar.

Porque “Despertar” como nome do livro?
Porque eu acredito que nós estejamos adormecidos ainda. A gente vive dentro de uma dormência marcada por informações externas e subliminares que recebemos a todo instante e isso cria um condicionamento. Esse condicionamento é o acreditar que Deus está lá na igreja e não com você. É você entender que faz parte de um todo, que o universo é algo maior que o nosso entendimento. Ora, se Deus fez um universo infinito, como seria possível só o nosso planeta ter vida? É preciso acreditar além daquilo que você observa e que teus dons não são desígnios de Deus. Teus dons fazem parte da sua mente consciente, fazem parte do despertar dessa consciência. Nosso cérebro roda muito mais rápido do que isso que a gente  vivencia. É como se você tivesse saindo do automático e fosse partir para saber que você tem que engatar as marchas no carro, que os comandos deste carro dependem de você. A coordenação para achar o fluxo, o caminho, o ritmo, tudo vai depender de você. A escolha é tua. Então despertar para que? Despertar para uma realidade nova, para consciência nova. Ramakrishna[1] falou o seguinte: “O dia que você sair do sono e acordar, você vai entender que todos somos um, que eu e você apesar das diferenças do sexo, somos um e fazemos parte de uma mesma consciência”. Então foi por isso, nós temos que despertar, porque existe outra realidade. Tirar-nos do mundo de ilusão, do véu de Maya[2], que te prende nessa terceira dimensão, nesse plano tridimensional. “Despertar: A Reintegração dos filhos da luz”, se você não acordar, você não se reintegra a outros seres que estão esperando a sua volta. Volta para onde? Volta para casa. Recebemos muitos irmãos de outras esferas, trabalhando nesse momento na Terra, para fazer com que a consciência humana despertasse para esse novo momento e esta nova realidade.

Os problemas que estão acontecendo no mundo tem relação com esse despertar que você cita?
Sim, tem tudo a ver com o que nós estamos passando. Porque se todos nós temos uma consciência crística, temos que sair do eu para vivenciar o nós. Isso significa que temos que sair do ego para vivenciar o amor incondicional. Todos os países estão aprendendo suas próprias lições. EUA, um país economicamente rico, a maior potência do mundo, não tem um sistema de saúde que pudesse olhar os pobres. A Itália, com todo conceito da Igreja Católica, se omitiu em dar um novo direcionamento para o país desde a época de Jesus. O Brasil, em plena pandemia, ainda está discutindo partidos políticos, uns falando do outro esquerdista, direitista ou comunista. Ninguém tem noção e decência para perceber que estamos dentro de uma crise econômica e humanitária, onde todo mundo tem que tomar uma nova consciência. O mundo nunca mais será o mesmo! Estamos começando um novo momento planetário. Então, acredito que esse despertar / reintegração é para nos tornar seres humanos melhores. Para isso é preciso uma depuração. Haverá morte coletiva, expurgo de economia e atraso econômico mundial. Um milionário que vivia com milhões, vai ter que aprender a viver com mil. Infelizmente o pobre vai precisar de ajuda e discernimento para viver. Ele vai ter opções para crescimento, se ele souber direcionar a vida pro melhor. Vão mudar os valores, os padrões econômicos, culturais e políticos. Teremos que aprender a dar razão e vazão para nova voz mundial que vem aí.

No livro você diz que Jesus provavelmente foi um Ser de outros lugares, de que lugar você acha que Ele era?
Eu acho que Jesus era um ser filho do Criador, filho de Deus que é uma ação divina deste planeta Terra, e ele veio para cá para depurar um pouco a raça, que na época era uma mistura de 49 raças mais ou menos. Por isso que na época existiam seres naturais e elementares de outro nível. Nas leis judaicas já vinha acontecendo essa depuração. Um ser com uma evolução enorme com capacidade de consciência e raciocínio naquela época, era visto como Deus. Acredito que ele veio das oitavas de luz [3]. Um ser muito evoluído, um mestre divino. Na Fraternidade Branca ele é conhecido como o diretor divino deste planeta.

Você citou dimensões. O que tem a dizer sobre a dimensão que estamos?
Se você usar uma escala métrica do zero ao infinito, nós estamos no zero. Aqui é a terceira dimensão, nós estamos presos por uma malha magnética que “protege” qualquer interferência vibracional ou energética que não esteja sobre o controle das duas forças que atuam no mesmo patamar. Essa terceira dimensão é quase próxima do zero, ainda temos que evoluir muito. Estamos em um planeta expiatório, uns dizem hospital, outros escola. Nós estamos aqui para aperfeiçoar o nosso espírito e lapidar a nossa pedra bruta. Como se dá a lapidação? Pela reencarnação. A Terra foi sendo preparada e recebendo seres de outros lugares para ajudar uma parcela das pessoas a despertar. Seres de uma dimensão maior que trazem em seus aspectos a evolução da sua intuição. Eles não são médiuns, eles são paranormais. Na verdade nós somos os paranormais, eles são os normais que esperam a gente sair desse exílio.

Em qual dimensão devemos chegar?
Estamos prestes a ir para a quinta dimensão. Na quinta dimensão ao invés de continuar na roda reencarnatória você consegue sua ascensão. Sai da roda reencarnatória, e começa a ir para outros planos, vivenciando a história de aprendizado que precisamos. Para nós a quinta dimensão já faz todo o sentido. Sidarta Gautama - Buda[4] acha o equilíbrio na dualidade. Todas as pessoas que trazem esses dons são consideradas Deuses físicos em ação. E nós somos, atuando e cocriando as nossas vidas. Para nós a quinta dimensão é o que se espera que o planeta Terra consiga chegar.

Quando descobriu que era uma pessoa sensitiva?
Quando comecei a ver e ouvir coisas e pessoas que mais ninguém via. Com cinco anos eu tinha pânico de dormir, porque eu acordava e via coisas horríveis. Nós morávamos em um casarão de imigrantes no Brás e eram coisas horrorosas. Eu, logo cedo, fui levada por uma tia na Federação Espírita de São Paulo, porque se não dormissem segurando a minha mão eu acordava e tinha medo dos ataques noturnos de seres e entidades trevosas, que tinham naquele lugar. Foi aí que começou minha jornada. Fiz os cursos de “aprendiz do evangelho” e “moral cristã”. Com quatorze para quinze anos tive autorização para fazer “escola de médiuns”. Mas continuou aquele vazio, aquela procura e senti que não era ali meu lugar. Então, fui trabalhar, estudar, e percebi que, ou eu era diferente, ou eu tinha algo que não combina com o comportamento geral. Vivi uma juventude carente de amigos e de entendimento. Sentia-me incompreendida, fora da casinha. Então, descobri que alguma coisa tinha de certo ou de errado comigo.

Para quem não leu seu livro, o que você tem a dizer àqueles que não acreditam em outros seres fora da Terra?
Às vezes fico imaginando isso: “e aquelas pessoas que não acreditam em nada? Ou que acreditam só na igreja?” Eu acho que a vida deve ser um vazio, é muito triste. Porque acreditando em tudo isso eu passei a enxergar as dificuldades do mundo. Fico imaginando aquelas pessoas que só acreditam naquilo que foi explicado e ensinado. Como seria difícil responder por que uma pessoa mata, porque uma pessoa rouba e vice-versa, porque existem muitas pessoas boas também.

E sobre sua experiência quando foi abduzida?
Na verdade a abdução ocorre sem o consentimento da pessoa. No meu caso, eu tive um contato extra físico, porque eu estava dormindo quando aconteceu. Eu estava num sono quase profundo, quando o sonho interrompeu e apareceu uma luz muito clara, lá dentro perguntavam se eu gostaria de ir, e eu fui. Nós viajamos numa velocidade intensa, passamos por todos os lugares que tinham relação com meus problemas emocionais na época. Eu entrei no meu corpo e vi meus ossos. Foi uma coisa muito forte, quando eu voltei eu tinha vomitado, urinado e menstruação veio, provavelmente foi uma descarga de adrenalina. Meu corpo ficou muito mole. Depois disso comecei a pintar mandalas[5] e nelas comecei a ver seres elementares que mais ninguém via. E então se abriram canais de audição e olfato. Foi então que me interessei pela parte extraterrestre que modificou minha vida.

É possível ter tido contato, mas não saber de forma alguma?
Sim, algumas pessoas mudam o comportamento e só vão descobrir que tiveram um contato extra físico quando fazem regressão ou quando são hipnotizadas trazendo a lembrança do ocorrido. Tem pessoas que lembram que no sonho são abduzidas e é muito mais fácil ocorrer na projeção astral, do que no contato na terceira dimensão.

Dizem que os Greys são as raças extraterrestres mais cruéis, o que você tem a dizer a respeito disso?
Os Greys são os cinzas pequenininhos, eles são baixinhos e são de Órion. Existem dois lugares em Órion, em um deles os seres tem essa característica, no outro, são tipos mais altos e melhores. Eu também tinha essa visão dos Greys, de que eles eram ruins, mas na realidade eles não têm emoções nem sentimentos. Se eles tiverem de fazer uma experiência com você, eles farão desde que achem que aquela experiência vai ser boa para a humanidade ou para si mesmos. Eles não têm aquele sentimento de dó ou pena. Antigamente os contatos mais frequentes eram com os Greys. Dizem que a maior parte da tecnologia que conhecemos, como nanotecnologia, energia celular e toda essa parte da ciência vêm deles.

Você está escrevendo um segundo livro dando sequência ao primeiro?
Não, o meu segundo livro é um livro de mantras, orações e decretos. São 365 deles, onde você pode fazer um por dia, ou simplesmente abrir aleatoriamente. É um livro onde eu explico a presença divina do EU SOU dentro da gente. Um livro que vai te ajudar a mentalizar e invocar essas forças, para que você possa fazer a prática dessas orações e dos decretos, ativando essa energia divina dentro si. Se você não pratica, se não visualizar, é como se o sinal do wi-fi fosse fraco. Agora se você pratica, faz os mantras ou meditação, você vai aquietando sua mente e deixando que sua consciência divina entre em contato com sua própria essência, que é a lembrança cósmica que trazemos gravado no DNA espiritual.

Qual seu próximo passo  depois desses livros?
Depois de tudo isso que está acontecendo, esse isolamento, essa pandemia (entrevista realizada em março de 2020 – n.a.), ando me questionando muito sobre isso. Estou encarando a vida como se não existisse amanhã, como se existisse somente o hoje. O importante é o agora, o momento. Esses livros já estavam prontos ou em andamento, não sei se vou publicar ou jogar na internet, pois não estou conseguindo me programar muito para o futuro. Não sei se isso é bom ou ruim. Estou vivendo o hoje, o aqui e o agora.

[1] Ramakrishna Paramahamsa, nascido Gadadhar Chattopadhyay, foi um dos mais importantes líderes religiosos Hindus da Índia
[2] O véu de Maya, nome dado pelos Hindus para a nossa realidade, que é apenas uma distração sensorial, uma teia de aranha, que ao mesmo tempo em que esconde, revela.
[3] Faixa vibratória elevada, no nível etéreo, onde estão os retiros dos mestres ascenso.
[4] Foi um príncipe de uma região no sul do atual Nepal que, tendo renunciado ao trono, se dedicou à busca da erradicação das causas do sofrimento humano e de todos os seres, e desta forma encontrou um caminho até ao "despertar" ou "iluminação".
[5] Uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo
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